A constelação de Leão. Fonte: Mexican Skies. |
Bem, daremos
continuidade à série de resumos e fragmentos que têm por objetivo deixar,
através de mitos, símbolos, imagens e palavras, a atmosfera ou o perfume de
cada uma das doze estações que completam o ciclo anual.
Agora é o
momento do signo Leão. Ou melhor, foi o momento. Deixa eu explicar. Leão é um
signo eminentemente solar. É um signo expansivo por natureza de modo que
cresceu tanto, mas tanto, que até invadiu o período virginiano do ano (rs).
A verdade é
que muitas atividades extra-blogue impossibilitaram a postagem dos textos sobre
o signo de Leão a tempo – trabalho, obra em casa, compromissos sociais e
particulares, etc. etc. Talvez a disciplina do típico virginiano tenha feito
muita falta, mas isso é outra conversa.
Estacionamos
entre o dia 22 de julho e o dia 22 de agosto no signo de Leão. Em primeiro
lugar, veremos algo sobre o signo e sobre seu símbolo mais evidente – o rei dos animais – o leão. Depois veremos algo sobre a mitologia de Apolo e de Hélios; veremos
algo sobre o símbolo Sol, algo sobre a cor Ouro, todos assuntos associados a
este signo de Leão. E, por fim, teremos algumas informações de ordem
astronômica sobre a estrela central de nosso Sistema Solar – O Sol – e uma
abordagem mais filosófica sobre o período solar que já se foi.
Mais uma
vez, espero que gostem.
O SIGNO
LEÃO
Quinto signo do Zodíaco, ocupa o meio do verão (claro, no hemisfério
norte). Este
signo é pois caracterizado pelo desabrochar da natureza sob os raios quentes do
Sol, que é seu “patrão” planetário. Coração do Zodíaco, exprime a alegria de
viver, a ambição, o orgulho e a elevação.
Com o leão, voltamos ao elemento Fogo; mas do
Carneiro ao Leão elabora-se a metamorfose do princípio que, de força animal
bruta, instantânea e absoluta, como a centelha ou o relâmpago, se faz potência
desenvolvida, para tornar-se força dominada e disponível, como a chama
irradiante no meio do calor e da luz.
O signo é representado pela majestosa criatura do rei
dos animais, emblema do poder soberano, da força nobre, e ele é acoplado ao
Sol, o signo e o astro simbolizando a vida em seus aspectos de calor, luz,
esplendor, poder e aristocracia radiante. Da mesma forma, a casa leonina é
semelhante a uma ode triunfal em ouros acobreados, resplandecência dos ardores
vitais.
A este tipo zodiacal corresponde o caráter de mais
alto poder: o Apaixonado, ser de vontade, pela pressão da necessidade e pelo
gosto de agir, estando essa força emotiva-ativa disciplinada e orientada para
um fim a servir ambições de longo alcance.
O
SÍMBOLO LEÃO
Poderoso, soberano, símbolo solar e luminoso ao
extremo, o leão, rei dos animais, está imbuído das qualidades e defeitos
inerentes à sua categoria. Se ele é a própria encarnação do Poder, da
Sabedoria, da Justiça, por outro lado, o excesso de orgulho e confiança em si
mesmo faz dele o símbolo do Pai, Mestre, Soberano que, ofuscado pelo próprio
poder, cego pela própria luz, se torna um tirano, crendo-se protetor. Pode ser
portanto admirável, bem como insuportável: entre esses dois pólos oscilam suas
numerosas acepções simbólicas.
Símbolo da justiça, é, por essa qualificação,
garantia do poder material ou espiritual. Por isso serve de montaria ou de
trono a numerosas divindades.
A psicanálise fará dele às vezes o símbolo de um
impulso social pervertido: a tendência a dominar como déspota, a impor
brutalmente a sua autoridade e a sua força. Mas o rugido profundo do leão e sua
fauce grande e aberta invocam um simbolismo bem diferente, não mais solar e
luminoso, mas sombrio e ctoniano. O leão, nessa inquietante visão, se assemelha
às outras divindades infernais que engolem o dia no crepúsculo e o vomitam na
aurora, como o crocodilo de diversas mitologias. No Egito, onde os leões eram
amiúde representados aos pares, um de costas para o outro, de um modo mais
geral, simbolizaram esse rejuvenescimento de vigor que a alternância da noite e
do dia, do esforço e do repouso, assegura.
O leão, devorando periodicamente o touro, exprime há
milênios a dualidade antagonística fundamental do dia e da noite, do verão e do
inverno. Chegará a simbolizar não apenas o retorno do Sol e o rejuvenescimento
das energias cósmicas e biológicas, mas também as próprias ressurreições.
Túmulos cristãos eram ornados com leões. Por si só, o leão é um símbolo de
ressurreição.
Dicionário de Símbolos, C. & G.
Alisson
Batista
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