Ísis. Fonte: Dicionário de Símbolos. |
Deméter
Deusa da fertilidade, deusa maternal da terra,
Terra-Mãe, cujo culto remonta à mais remota Antiguidade, e se reveste dos
maiores mistérios, Deméter ocupa o centro dos mistérios iniciáticos de Elêusis,
que celebram o eterno recomeçar, o ciclo das mortes e dos renascimentos, no
sentido, provável, de uma espiritualização progressiva da matéria.
Deméter se revela como deusa das alternâncias entre a
vida e a morte, que marcam o ritmo das estações, o ciclo da vegetação e de toda
existência. Ela participa, por essa forma, do simbolismo da terra-mãe. Mas
distingue-se da terra, elemento cosmogônico (Gaia, Réia) no fato de simbolizar
a terra cultivada, a que produz o trigo e todas as ricas searas.
Deméter simboliza, com efeito, uma fase capital na
organização da terra: a passagem da natureza à cultura, do selvagem ao
civilizado.
Segundo a interpretação psicanalítica de Paul Diel,
Deméter, que deu aos homens o pão, símbolo do alimento espiritual, lhes dará o
sentido verídico da vida: a sublimação-espiritualização do desejo terrestre,
i.e., a libertação com respeito a toda exaltação como a todo recalque.
Deméter se afirma, assim, como o símbolo dos desejos
terrestres justificados, que encontram satisfação graças ao esforço engenhoso
do intelecto servidor, o qual, cultivando a terra, permanece assim mesmo
acessível ao apelo do espírito. E, todavia, Deméter, a fecundadora maternal e
espiritual, não se iguala ao espírito como Hera, esposa de Zeus. Ela não é a
luz, mas o caminho para a luz, ou o archote que ilumina esse caminho.
Ísis
A mais ilustre das deusas egípcias. Ela protege os
mortos debaixo das suas asas e ressuscita-os. Todo ser vivo é uma gota do
sangue de Ísis.
“Eu
sou a mãe e a natureza inteira, senhora de todos os elementos, origem e
princípio dos séculos, divindade suprema, rainha das almas dos mortos, primeira
entre todos os habitantes do céu, tipo único dos deuses e das deusas. Os
píncaros luminosos do céu, os sopros salutares do mar, os silêncios desolados
dos infernos, sou eu quem tudo governa segundo a minha vontade”.
(citado por Serge Sauneron)
Em todos os círculos esotéricos, ela será considerada
como a Iniciadora, aquela que detém os segredos da vida, da morte e da
ressurreição.
Dicionário de
Símbolos, C. & G.
Alisson Batista
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