sábado, 20 de dezembro de 2014

O ALVO DO SIGNO DE SAGITÁRIO III



O mito de Zeus

O deus maior da mitologia grega. Ele é especialmente o deus da luz, do céu e dos raios, mas assimila-se de um modo geral ao céu com seus fenômenos, na tríade em que Apolo se identifica com o sol e Poseidon com o mar. Zeus era o filho mais novo do titã Cronos e de Rea, e um dos doze deuses olímpicos.

Advertido por um oráculo de que um de seus filhos o destronaria, Cronos quis impedir a consumação da ameaça, passando a devorar seus filhos e suas filhas imediatamente após o nascimento dos mesmos. Quando deu à luz o seu sexto filho, Rea imaginou um ardil para salvá-lo da sanha paterna: ela o teve à noite, ocultamente, e na manhã seguinte entregou a Cronos uma pedra do tamanho de um recém-nascido envolta em fraldas. Cronos engoliu a pedra tomando-a por seu filho, e Zeus salvou-se, assegurando a consumação do destino.

Chegando à idade adulta Zeus resolveu conquistar o poder até então exercido por Cronos; com esse objetivo ele consultou Métis, de quem recebeu uma droga mágica que fez Cronos vomitar os filhos de Rea (irmãos de Zeus), engolidos antes deste último. De volta à vida seus irmãos e irmãs o ajudaram a atacar Cronos e os titãs, vencidos após um combate feroz e expulsos do céu. Contribuíram decisivamente para a vitória de Zeus e dos demais deuses olímpicos os Cíclopes e os gigantes Hecatônqueires, libertados por Zeus do Tártaro a conselho de Gaia (a Terra).

Após a vitória os deuses sortearam entre eles os poderes sobre o universo, cabendo a Hades o inferno, a Poseidon o mar e a Zeus o céu e a preeminência sobre os demais deuses e sobre todo o universo. A última tentativa de revolta enfrentada por Zeus foi a de Tífon, contra o qual ele travou o combate mais difícil. Durante a luta Zeus teve seus tendões (ou músculos) arrancados, mas finalmente obteve a vitória graças a um ardil de Hermes e Pan.

Estabelecido firmemente no poder, Zeus quis casar-se com Métis (1), filha de Oceano, que fora sua conselheira no início da luta pela supremacia do universo. Métis a princípio esquivou-se das investidas amorosas de Zeus, metamorfoseando-se várias vezes, mas afinal cedeu e uniu-se ao deus vitorioso. Gaia, entretanto, profetizou que se Métis tivesse uma filha dele essa filha conceberia um filho que o destronaria. Temeroso, Zeus engoliu Métis já grávida: na hora do parto Prometeu (ou numa variante da lenda Hefesto) abriu o crânio de Zeus com um machado e de lá saiu a deusa Atena, já adulta e armada.

A mulher seguinte de Zeus foi Têmis (2), uma das Titanides; dessa união nasceram primeiro as Horas, chamadas Dike (a Justiça), Irene (a Paz) e Eunomia (a Boa legislação ou a Ordem); depois nasceram as Moiras, cuja função era impor inexoravelmente o destino aos homens e aos próprios deuses, para que prevalecesse a ordem no universo.

Depois Zeus uniu-se a Dione (3), outra Titanide, e teve com ela Afrodite.

Dando sequência aos seus casamentos divinos, Zeus juntou-se a Eurínome (4), filha de Oceano, que teve as Cárites (Graças): Aglaia, Eufrosine e Talia.

Com Mnemosine (5) – a Memória –, também Titanide, Zeus veio a ser pai das Musas.

De seu casamento com Letó (6), nasceram Apolo e Ártemis.

E com sua irmã Deméter (7) Zeus teve Perséfone.

O casamento seguinte de Zeus foi com Hera, sua irmã. Dessa união chamada “sagrada” porque teve um caráter definitivo, nasceram Ares, Ilítia e Hebe.

Além desses casamentos divinos Zeus teve incontáveis uniões com mulheres mortais, das quais nasceram inúmeros heróis. Praticamente todas as famílias lendárias importantes ostentavam laços de parentesco com Zeus.

Em suas aventuras amorosas Zeus não se limitou às mulheres; veja-se Ganimedes para o rapto do belo troiano pelo deus insaciável, cujo ardor amoroso foi herdado por seu descendente Heraclés.

Em roma Zeus foi identificado com Júpiter.

Dicionário de Mitologia Grega e Romana, M. da G. K.

A raiva de Zeus. Fonte: Noupe.

O mito do deus Júpiter

Deus maior dos romanos, identificado com Zeus dos gregos. Júpiter era a divindade da luz do dia, do céu, dos raios e trovões e de um modo geral dos fenômenos atmosféricos.

Antes da preponderância romana o culto mais importante era prestado a Jupiter Latial, em seu santuário situado no topo do atual monte Cavo, elevação dominante na região dos lagos Albano e Nemi.

Depois o deus passou a reinar em Roma, no Capitólio, que era consagrado a Júpiter Capitolino. Dizia-se que havia no Capitólio em épocas remotas um santuário de Júpiter Ferétrio, cuja construção se atribuía a Rômulo, onde eram consagrados os spolia opima (as armas dos chefes inimigos mortos em combate singular pelos chefes romanos). Ainda no Capitólio cultuava-se Jupiter Optimus Maximus, num templo que embora fosse mais recente sobrepujou os outros.

Atribuia-se a Rômulo a edificação de outro templo de Júpiter, invocado neste caso sob o epíteto de Stator. Contava-se à propósito que durante a batalha travada entre o romanos comandados por Rômulo e os sabinos, estes, que lutavam para recuperar suas mulheres raptadas, levaram inicialmente alguma vantagem, repelindo os romanos ao longo do Fórum. Nessa ocasião Rômulo, alçando nas mãos as armas em direção ao céu, fez a Júpiter a promessa de dedicar-lhe um templo no lugar em que estava se o deus contivesse os sabinos. Em seguida à promessa o inimigo se deteve e foi repelido. Rômulo construiu então o templo de Júpiter Stator (“que detém”) no sopé do monte Palatino (onde mais tarde seria construído o Arco de Tito.

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