O mito de
Zeus
O deus maior da mitologia grega. Ele é especialmente
o deus da luz, do céu e dos raios, mas assimila-se de um modo geral ao céu com
seus fenômenos, na tríade em que Apolo se identifica com o sol e Poseidon com o
mar. Zeus era o filho mais novo do titã Cronos e de Rea, e um dos doze deuses
olímpicos.
Advertido por um oráculo de que um de seus filhos o
destronaria, Cronos quis impedir a consumação da ameaça, passando a devorar
seus filhos e suas filhas imediatamente após o nascimento dos mesmos. Quando
deu à luz o seu sexto filho, Rea imaginou um ardil para salvá-lo da sanha
paterna: ela o teve à noite, ocultamente, e na manhã seguinte entregou a Cronos
uma pedra do tamanho de um recém-nascido envolta em fraldas. Cronos engoliu a
pedra tomando-a por seu filho, e Zeus salvou-se, assegurando a consumação do
destino.
Chegando à idade adulta Zeus resolveu conquistar o
poder até então exercido por Cronos; com esse objetivo ele consultou Métis, de
quem recebeu uma droga mágica que fez Cronos vomitar os filhos de Rea (irmãos
de Zeus), engolidos antes deste último. De volta à vida seus irmãos e irmãs o
ajudaram a atacar Cronos e os titãs, vencidos após um combate feroz e expulsos
do céu. Contribuíram decisivamente para a vitória de Zeus e dos demais deuses
olímpicos os Cíclopes e os gigantes Hecatônqueires, libertados por Zeus do
Tártaro a conselho de Gaia (a Terra).
Após a vitória os deuses sortearam entre eles os
poderes sobre o universo, cabendo a Hades o inferno, a Poseidon o mar e a Zeus
o céu e a preeminência sobre os demais deuses e sobre todo o universo. A última
tentativa de revolta enfrentada por Zeus foi a de Tífon, contra o qual ele
travou o combate mais difícil. Durante a luta Zeus teve seus tendões (ou
músculos) arrancados, mas finalmente obteve a vitória graças a um ardil de
Hermes e Pan.
Estabelecido firmemente no poder, Zeus quis casar-se
com Métis (1), filha de Oceano, que fora sua conselheira no início da
luta pela supremacia do universo. Métis a princípio esquivou-se das investidas
amorosas de Zeus, metamorfoseando-se várias vezes, mas afinal cedeu e uniu-se ao
deus vitorioso. Gaia, entretanto, profetizou que se Métis tivesse uma filha
dele essa filha conceberia um filho que o destronaria. Temeroso, Zeus engoliu
Métis já grávida: na hora do parto Prometeu (ou numa variante da lenda Hefesto)
abriu o crânio de Zeus com um machado e de lá saiu a deusa Atena, já adulta e
armada.
A mulher seguinte de Zeus foi Têmis (2), uma
das Titanides; dessa união nasceram primeiro as Horas, chamadas Dike (a Justiça), Irene (a Paz) e Eunomia (a Boa
legislação ou a Ordem); depois nasceram as Moiras, cuja função era impor
inexoravelmente o destino aos homens e aos próprios deuses, para que
prevalecesse a ordem no universo.
Depois Zeus uniu-se a Dione (3), outra
Titanide, e teve com ela Afrodite.
Dando sequência aos seus casamentos divinos, Zeus
juntou-se a Eurínome (4), filha de Oceano, que teve as Cárites (Graças):
Aglaia, Eufrosine e Talia.
Com Mnemosine (5) – a Memória –, também
Titanide, Zeus veio a ser pai das Musas.
De seu casamento com Letó (6), nasceram Apolo
e Ártemis.
E com sua irmã Deméter (7) Zeus teve
Perséfone.
O casamento seguinte de Zeus foi com Hera, sua
irmã. Dessa união chamada “sagrada” porque teve um caráter definitivo, nasceram
Ares, Ilítia e Hebe.
Além desses casamentos divinos Zeus teve incontáveis
uniões com mulheres mortais, das quais nasceram inúmeros heróis. Praticamente
todas as famílias lendárias importantes ostentavam laços de parentesco com
Zeus.
Em suas aventuras amorosas Zeus não se limitou às
mulheres; veja-se Ganimedes para
o rapto do belo troiano pelo deus insaciável, cujo ardor amoroso foi herdado
por seu descendente Heraclés.
Em roma Zeus foi identificado com Júpiter.
Dicionário de Mitologia Grega e Romana, M. da G. K.
A raiva de Zeus. Fonte: Noupe. |
O mito do
deus Júpiter
Deus maior dos romanos, identificado com Zeus dos
gregos. Júpiter era a divindade da luz do dia, do céu, dos raios e trovões e de
um modo geral dos fenômenos atmosféricos.
Antes da preponderância romana o culto mais
importante era prestado a Jupiter Latial,
em seu santuário situado no topo do atual monte Cavo, elevação dominante na
região dos lagos Albano e Nemi.
Depois o deus passou a reinar em Roma, no Capitólio,
que era consagrado a Júpiter Capitolino. Dizia-se que havia no Capitólio em
épocas remotas um santuário de Júpiter Ferétrio, cuja construção se atribuía a
Rômulo, onde eram consagrados os spolia opima (as armas dos chefes inimigos mortos em combate singular pelos chefes
romanos). Ainda no Capitólio cultuava-se Jupiter Optimus Maximus, num templo
que embora fosse mais recente sobrepujou os outros.
Atribuia-se a Rômulo a edificação de outro templo de
Júpiter, invocado neste caso sob o epíteto de Stator. Contava-se à propósito que durante a
batalha travada entre o romanos comandados por Rômulo e os sabinos, estes, que
lutavam para recuperar suas mulheres raptadas, levaram inicialmente alguma
vantagem, repelindo os romanos ao longo do Fórum. Nessa ocasião Rômulo, alçando
nas mãos as armas em direção ao céu, fez a Júpiter a promessa de dedicar-lhe um
templo no lugar em que estava se o deus contivesse os sabinos. Em seguida à
promessa o inimigo se deteve e foi repelido. Rômulo construiu então o templo de
Júpiter Stator (“que detém”) no sopé
do monte Palatino (onde mais tarde seria construído o Arco de Tito.
Dicionário de Mitologia Grega e Romana, M. da G. K.
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