A deusa suméria Inanna (Ishtar caldeia). Fonte: Gary Osborn Website. |
O mito
Afrodite
Deusa da
mais sedutora beleza, cujo culto, de origem asiática, é celebrado em numerosos
santuários da Grécia. É filha do sêmem de Urano (o Céu) derramado no mar, ou
também simplesmente nascida da espuma do mar.
Afrodite
simboliza as forças irreprimíveis da fecundidade, não em seus frutos, mas no
desejo apaixonado que acendem entre os vivos. É o amor em sua forma física, o
desejo e o prazer dos sentidos; ainda não é o amor em um nível especificamente
humano.
No nível
mais alto do psiquismo humano, o símbolo Afrodite exprimirá a perversão sexual,
pois o ato de fecundação só é baseado em função da primazia do gozo a que a
natureza o vincula. Assim, a necessidade natural exerce-se perversamente.
De Afrodite
vem Eros, Anteros, Deimos, Fobos, Harmonia, Príapo, Enéias, Lirno...
Afrodite
tinha um temperamento irascível e era vingativa, e seus amores às vezes eram funestos
– nada menos que fatais.
Páris bem conheceu a deusa Afrodite. Colocado na
situação - iniciada por Éris (a Discórdia), chancelada por Zeus e comunicada
por Hermes - situação em que deveria escolher a deusa mais bela entre Hera,
Atena e Afrodite, entendeu bem como a deusa da beleza sedutora funciona. A
deusa Hera ofereceu o trono do Universo pelo voto de Páris. A deusa Atena, a
invencibilidade na guerra. Já Afrodite ofereceu simplesmente a bela e irresistível
Helena pelo voto de Páris.
Bem, após a
Guerra, a Deusa não salvou Troia da destruição nem Páris da morte; mas
conseguiu preservar do aniquilamento a raça troiana. Por isso Roma teve como
protetora Vênus, assimilada pelos romanos a Afrodite.
O mito de
Afrodite poderia permanecer como a perversão da alegria de viver e das forças
vitais ou como a deusa que sublima o amor selvagem, integrando-o a uma vida
verdadeiramente humana.
Dicionário de Símbolos, C. & G.
Dicionário de Mitologia Grega e Romana,
M.G.K.
Europa
A princesa
fenícia Europa era linda – era muito linda. Ela era a Beleza personificada.
Esse tipo natural e incontestável de beleza é o tipo de beleza que atrai a tudo
e a todos; e não atrai somente os homens mas acende o desejo nas feras e até nos
deuses – ou melhor, até em Júpiter, o maior dos deuses.
A potência
masculina deseja ardentemente, com dardos certeiros, conquistar terras férteis.
Por outro lado, essa natureza feminina fértil, que magnetiza e envolve os
artifícios masculinos, produz seus frutos – a beleza é o prazer.
A beleza é
o prazer da frutificação. É a domesticação do lobo e a lealdade do cão. É a
domesticação da terra e a confiabilidade dos recursos. É o domínio da produção
e a segurança dos utensílios e das moedas de bronze.
Afinal, a
beleza é a arte da economia, que conquista a Terra como um touro branco, de
forma doce, carinhosa e lenta, mas que depois captura e usa essa mesma terra
para satisfazer a obstinação de crescer, multiplicar e expandir sempre.
Alisson
Batista
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